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6 de maio de 2011

Que mercados transaccionar? - S2.Teoria

Existem vários instrumentos financeiros disponíveis tanto através de Bancos como plataformas especializadas. Um indivíduo com capital e desejo de arriscar para multiplicar seu capital pode investir desde obrigações de Estados ou empresas (considerados como investimentos mais seguros) até acções, futuros (instrumentos financeiros voláteis) ou opções e derivados (instrumentos financeiros mais arriscados, que maximizam tanto os ganhos como as perdas). A seta a seguir demonstra os vários instrumentos financeiros ordenados pela ordem do risco associado, começando da direita (risco mínimo/nulo) e seguindo para esquerda (aumentando o risco).




Os depósitos bancários não levantam dúvidas, o ganho é a taxa a que é acrescido o capital depositado. Se a inflação é alta ou as taxas de juro fixadas pelo Banco Central forem baixas esses investimentos não são grande coisa. Obrigações públicas e privadas. O conteúdo é o mesmo, são títulos da dívida (tanto pública como privada). As taxas oferecidas pelo Estado costumam ser superior as taxas dos bancos, e as taxas oferecidas pelas empresas são superiores às das obrigações públicas (nos casos normais e não tendo em conta os PIGS). O nível da taxa também depende da empresa, quanto mais saudável for, menos paga. Empresas novas (as start ups) oferecem taxas bastante superiores, mas o risco é acrescido.



Acções são quotas, ou partes do capital social da empresa. A empresa pode se financiar através do crédito bancário, endividando-se; através da emissão de obrigações, endividando-se; ou através de acções, não se endividando (o que dá jeito). As acções são vendidas nas bolsas (em inglês os stock markets). A volatilidade e grau/velocidade do crescimento (tanto positivo como negativo) das cotações de acções depende do seu volume, ou seja, a quantidade de pessoas interessadas em negociar (comprar e vender) essas acções.



Forex ou Foreign Exchange é, de longe, o maior e o mais globalizado mercado do Mundo. Dezenas de milhões de pessoas transaccionam nesse mercado diariamente. Este mercado é muitíssimo volátil por essa mesma razão. Este mercado é tão amplo e global que está aberto 24/7, ou seja nunca fecha. Enquanto os outros mercados, como por exemplo o mercado accionista abre a sessão à uma hora e fecha umas horas depois (das 8h às 16h30 no caso da Bolsa Portuguesa), Forex está sempre a funcionar – dia e noite. Quanto a expressão “Money never sleeps” – isto sem dúvida aplica-se ao mercado Forex! Este mercado é o mercado cambial onde são transaccionadas moedas de vários países. Pode se ver uma cotação deste tipo no Forex: EURUSD. O significado dessa cotação é o preço que é oferecido por um euro em doláres. Essa cotação é diferente de USDEUR, que designa o preço de um dólar em euros.



Mercado de Futuros representa o mercado dos commodities, ou seja, mercadorias. Futuros são emitidos sobre activos como petróleo, gás, trigo, açúcar, etc. Os futuros têm duração trimestral, pelo que o chamado momentum é crucial nesse tipo de mercado. Por outras palavras, comprando um futuro sobre gás em Setembro terá de ser coberto (venda ou compra de cobertura de uma posição curta) no máximo até Novembro. As opções dão direito de comprar ou vender activos como acções numa certa data por um certo preço determinado previamente. Existem contratos chamados call options (quando se aposta no crescimento de um certo activo) e put option (quando se aposta na queda de um certo activo). As opções podem ser emitidas sobre acções, índices, etc. Um exemplo de transacção de uma opção: Comprar uma call option sobre a France Telecom por 14,5€ em Setembro com um strike price de 15€. Se adquirir uma opção terei a possibilidade de em Novembro (ou antes) de ficar com as acções da FT pelo preço de 15. Imagine que em Outubro as acções da FT valem 16€ em bolsa. Pode exercer a sua opção e comprar as acções por 15€, enquanto elas valem 16€, e em seguida revende-las. Em contrapartida FT poderia desvalorizar para 14€. Neste caso não faria sentido exercer a opção de compra por 15€.



Derivados, os instrumentos financeiros de destruição maciça (afirmação do Warren Buffet). São os instrumentos financeiros mais irracionais e difíceis de perceber. Tal como o nome indica, o seu valor depende das cotações de outros instrumentos financeiros, ou seja, deriva de outros títulos transaccionados nos mercados financeiros. Os instrumentos financeiros que mencionei até agora têm todos um back up, ou seja, algo por traz. Uns são títulos de divida, outros são quotas do capital social. Os derivados não têm esse fundo, o seu único back up é a credibilidade. Lembremos a crise financeira de 2007-8; anos antes os bancos de investimento e os hedge funds americanos emitiam instrumentos como os CDO (colletarilized debt obligation) e MBS (mortgage backed securities). O seu valor estava ligado as hipotecas americanas. O sector imobiliário cresceu imenso não só nos EUA mas também na Europa. Teoricamente era possível perceber o funcionamento desses instrumentos financeiros, mas quando a crise deu-se investigadores disseram que antes da crise nenhum investidor de nenhuma instituição financeira era capaz de dar uma explicação lógica nem a forma de cálculo do valor desses derivados. “Não fazemos a mínima ideia no que estamos a investir e o que estamos a fazer”, foi a afirmação de um ex-empregado da Goldman Suchs Europa. O mercado dos derivados, que embora é muito volumoso e lucrativo, pode ser muito irracional.



http://www.youtube.com/watch?v=Q0zEXdDO5JU



Vejam este vídeo no Youtube que é um dos melhores que já vi acerca da crise de 2007-8. O vídeo é composto por duas partes, este link leva-o somente à 1ª parte.



Tendo esta grande variedade de instrumentos financeiros o investidor tem de optar pelos seus preferidos. Embora é importante a diversificação de investimentos por vários instrumentos financeiros, é essencial perceber no que estamos a investir.



Este blog focar-se-á no mercado accionista. No entanto os temas aqui tratados (analise técnica e cartismo) aplicam-se a outros mercados, nomeadamente os mercados de futuros e forex. John Murphy (autor do Technical Analysis of the Financial Markets, a Bíblia da analise técnica) afirmou que a analise técnica é linguagem internacional dos mercados.

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